Anna,
Sempre quis ler este livro. Sempre adiei, porque seria uma leitura muito triste. Então descobri que este livro tinha sido adaptado para o cinema! Problem solved. (Não, eu não vi o filme 😛 #picaretaprofissional)
O menino do pijama listrado, uma fábula sobre a Segunda Guerra Mundial, está na sua categoria “triste e lindo”. O livro, curtinho, conta a história de Bruno, um menino de nove anos que mora em Berlim com seu pai (comandante da SS), sua mãe, sua irmã Gretel e com os criados. O pai, depois de receber o “Fúria” e Eva para um jantar, é transferido para comandar um campo de concentração na Polônia, “Haja-Vista” (Auschwitz).
Bruno odeia a mudança. Ele sente falta dos amigos, da avó, de ter o que fazer. E, do seu quarto, pode ver uma cerca imensa, e várias pessoas que estão sempre de pijama listrado. E resolve explorar Haja-Vista. Do outro lado da cerca, ele conhece Shmuel, que nasceu no mesmo dia que Bruno. E claro, eles viram amigos. Bruno não tem ideia da guerra, de quem é o Fúria, nunca ouviu falar de judeus e acha que “Heil Hitler” é apenas um jeito educado de se despedir dos amigos do pai. Bruno faz um amigo e, pelo que ele pode entender, a situação de Shmuel é a mesma que a sua: foi forçado a sair de sua confortável casa para um lugar estranho sem receber nenhum tipo de explicação.
Não quero fazer spoiler. Mas é óbvio que esta história não vai terminar bem, né?
Muita gente critica o livro por não ser realista – o filho de um comandante da SS não saber falar “Führer” e “Auschwitz”? “Fury” e “Out-With” não soam nada parecido com a pronúncia alemã destas palavras. Não saber do anti-semitismo, especialmente após seu pai lhe explicar que as pessoas do outro lado do mundo “não são pessoas no sentido que entendemos o termo”? E um frágil garoto judeu de 9 anos sobreviver mais de um ano em um campo de concentração? Claro, todas estas críticas são extremamente pertinentes – e coisa de gente bem tchata que não captou que o livro é uma fábula, não “O Diário de Anne Frank”.
Não me incomodei com a inocência de Bruno. Na verdade, logo no começo do livro aceitei facilmente a ideia de que ele e a irmã eram completamente protegidos deste tipo de informação, o que não é raro. Li de uma só sentada e recomendo fortemente a leitura!
Ai, devo confessar que tinha preconceitinho com esse livro. Mas passou 🙂 Meio que me lembrou O Labirinto do Fauno (filme).
Não vi o filme também, será que é bom? Adorei o “coisa de gente bem tchata que não captou que o livro é uma fábula, não “O Diário de Anne Frank”. xD
Uma amiga comentou no twitter que tinha gostado muito do filme! Talvez eu largue de picaretagem e veja finalmente! 😀
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